terça-feira, 8 de setembro de 2015

Livro: A menina feita de espinhos

Mais uma vez me surpreendi com a belissima Fabiane Ribeiro, a autora. Ela nos envolve de uma forma incomum em todas as suas autorias que li até agora... Certamente que com A menina feita de espinhos, não seria diferente. Me envolvi desde a capa, com o livro ainda emplastificado. Tudo simplesmente PERFEITO! E como todos seus livros têm um propósito, uma lição para seguirmos... A desse em especial, foi bem real.
Kat conta a história de sua vida, desde o dia de seu nascimento que teve como algo marcante e doloroso a morte de sua mãe. Ela não é uma criança, adolescente, jovem comum pelo fato de sua pele ser literalmente espinhosa. Muitos a tratam com indiferença, insultos e em um certo momento até a apedrejam. Ela teve que lutar a sua vida inteira contra o preconceito, mas não percebia que antes de lutar contra o mundo, estava lutando contra si mesmo, contra sua própria repugnação. Em um certo momento ela vê que ninguém tinha culpa dessa tal anomalidade, apartir daí ela descobriu o amor pelo próximo, e especialmente por si mesma. Aprendeu a se aceitar, com erros e principalmente defeitos.
Ela pode não ser uma jovem comum, pela sua aparência, mas com certeza de sentimentos comuns. Sua vida foi cheia de altos e baixos e cercada dos mais diversos sentimentos que nós conhecemos muito bem. Dúvidas, Amargura, Saudade, Desejo Medo, Raiva, Ódio e por fim o Amor.
Esse livro nos traz uma uma reflexão. A menina era feita de espinhos, não poderia encostar em ninguém, do contrário, feria e distribuia seu veneno, podendo até matar. Mas ela tinha um coração "lisinho", puro, inocente. Uma pena que muitos não perceberam isso ao longo de sua jornada. Os julgavam por sua aparência. 
Quantos de nós não temos espinhos dentro de nós? Que assim como os espinhos de Kat, no machucam, impossibilitanto-nos de tocar em alguém. Espinhos que sujam nossa alma, mancha nosso espirito e que ainda injetam veneno em qualquer um que ousa se aproximar. Todos nós temos. E é dificil conviver com eles. Mas diferente de Kat, podemos arrancá-los de lá. Temos essa opção. Claro que pode ficar buracos, feridas que demorarão a cicatrizar. Mas a remoção deles podem nos dá mais libertade de se aproximar de outra pessoa, sem o ferir. Pode nos causar alegrias, que nunca experimentamos antes, e que dor nenhuma, nem de processo de cura, que é doloroso será capaz de interferir essa "tal felicidade".

Todos nós temos espinhos. A única diferença é que os dela eram visíveis. Mas ambos podem machucar, tanto a nós mesmo como aos que nos cercam. Pensem nisso, e pare de cooperar para o crescimento deles, pois podem acabar sufocando a pessoa que há dentro de você.
Outra coisa, valorize um abraço. Viva-o intensamente.